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Reflexo de nós... ( parte V )

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As tuas palavras, o som da tua voz ficam esculpidas no meu corpo à medida que o encontras… essas mãos desbravam-me com tal intensidade que me deixa entontecida mas, cada vez mais pronta para te receber.
"Mergulha no meu desejo e sacia esta sede que tenho de ti… "este é o meu pensamento enquanto me baralhas os sentidos.
              Quero olhar-te… acariciar essa tua boca com beijos que te queimem por dentro…mas não me deixas, queres continuar a observar-me tal predador impiedoso. Quando finalmente consigo soltar-me, em fúria lanço-me a ti para me afundar no teu cheiro.
Tu que até então pensavas dominar o meu sentir foste surpreendido pelo meu arrojo…mas deixas-te levar porque sabes que nada podes fazer contra o meu ímpeto.
Entrelacei os meus dedos pelos teus cabelos, usei a minha língua para saborear os teus lábios quentes a tiritar de desejo e encostei o meu corpo ao teu…no misto de emoções que te trespassa, sinto o teu vigor, o teu membro viril que quase rasga as tuas calças…que proeminência deliciosa.
Pego nas tuas mãos destiladas e encaminho-as até ao meu peito, a camisa semi-aberta revela um pouco da magia que ela esconde…quero tanto fazer desfilar os meus seios pelos teus dedos, quero enche-los de insânia. Tu encaras-me mas deixas-te ir nessa fascinação do obscuro…para te facilitar a demanda abro a par e passo os botões que me vão expondo ao teu toque e ao teu desejo.
Afagas-me, saboreias-me com essa língua devoradora e imerges em mim, mas de repente é a minha vez de te buscar por entre esses tecidos que cobrem esse corpo inspirador.
Viro-te de costas para mim…e observo-te através da cumplicidade do espelho que continua a ser o fiel conivente do nosso prazer e sem demais liberto-te o peito e passo as minhas mãos por toda a sua extensão enquanto te digo ao ouvido "Agora quem manda sou eu".
O que eu gosto de sentir a explosão do teu corpo face às palavras atrevidas que sem misericórdia te vou murmurando…isso deixa-me arrebatada tão completamente que avanço para as tuas calças, tu dás-me uma ajuda, tão inocentemente sem saber o que te espera.
Com uma voz ainda mais imponente peço-te ou melhor ordeno-te que libertes o cativo do teu desejo e me o mostres de uma forma leviana. Sinto-te estremecer…pelo teu peito gotas de suor rasgavam aquela musculatura perfeita.
Tomaste-o numa das mãos e em frente aquele monstro reflector o exibiste…e eu fiquei enfeitiçada pela tua imagem.
Então não me restava outra coisa se não dizer-te " Toca-te para mim". E tu não hesitaste em maravilhar-me com aquele acto tão solitário!

                                        continua em:
                                        De olhos bem fechados...

*** Ártemis ***