1ª parte do capítulo I "A casa na praia"

A viagem não durou muito. Durante o caminho podia estar descansada quanto ao nervosismo da minha mãe, eu estava ao volante. Ainda não tinha idade mas os meus pais sempre foram prevenidos e eu comecei as minhas aulas de condução aos catorze anos. Minha mãe estava calada, apenas a apreciar a paisagem. Eram florestas e campos verdes quase impenetráveis. Eu passei quase a vida toda junto dos bosques, por isso limitei-me a fixar meus olhos no caminho à frente. Grottos-bay era apenas 3 quilómetros de casa. E a casa dos River era numa praia que costuma sempre estar deserta.

Gostava muito de ir visitar a tia, em particular a sua casa que eu gostava de brincar as escondidas com as suas filhas, Kyra e Cassie. Era do estilo duplex, mas com terraço em cima. Uma casa com colunas de madeira de um metro e meio a levantá-la do chão, para o caso da maré subir, e esta não ficar debaixo de água. A escada era em espiral e o acesso à porta de entrada era imediato.
Estacionei o carro à frente da casa, e ajudei a mãe a sair do carro, para não lhe faltar o equilíbrio na areia. Seguimos o caminho para a entrada, e Kyra já estava inclinada no corrimão da escada a ver-nos chegar.
- Hey, pensei que não vinham jamais! – exclamou ela, depois rapidamente mudando de expressão dirrigiu-se à minha mãe – Bom dia, Sra. Black.
- Bom dia, Kyra. A tua mãe está em casa, não está?
- Claro, claro. Sigam-me por favor.
A Kyra era muito divertida, mas quando o assunto não era de brincadeira ela era sempre a dama de classe superior. E isso envolvia o seu comportamento com os adultos com nervos à flor da pele, que era o caso da minha mãe. Por vezes ela virava-se para trás e observa-me e podia ver que se ria silenciosamente…
A Kyra tinha só uns meses de diferença comigo. Tinha a pele bronzeada, cabelos cor de cobre e com os olhos que mudavam de azul para cinzento. Conhecia-mos há anos, e ela costumava-me chamar de “baby buddy”.
Ao entrar demo-nos com uma sala ampla e eu reparei que fizeram algumas obras desde a última vez que estive aí. A decoração era um estilo Africano, que era muito confortável estar-se aí dentro, devido à sua cor quente com ornamentos com padrão de diversos animais. A tia Elyon ficou assim desde que chegou da sua exploração à savana africana. Era claro de se ver que se apaixonou pelo estilo selvagem. E ela era uma mulher selvagem, e independente.
- Hello, Gyna e Thelma!!! – ela parecia mesmo contente por nos ver aí.
- Não penses que vamos passar o dia todo aqui. – disse a mãe e drasticamente as feições alegres da Elyon desapareceram. – Viemos apenas dizer um olá.
- Mãe!?
- Thelma, por favor, vai brincar.
Eu não disse nada mas virei-lhes as costas, por mais que eu goste da tia, e fui embora ter coma Kyra. Ela continuava do lado de fora da casa, mas estava ciente de tudo, eu já sabia porque ela estava muito risonha.
- Eu tinha tantas saudades tuas! Nem imaginas quanto tempo estava a espera de me vires visitar.
- Na verdade vim para ver se acalmava a minha mãe mas pelos vistos ela está demasiado irritada.
- Ora essa. Demasiado irritada?
- Ainda não sabes? Meu pai foi-se embora ainda hoje de manhãzinha, e não desconfio que ele chegue logo. Ele está tão obcecado com o seu projecto de biologia nos países tropicais que já começou o seu tour.
- A mãe falou apenas que ele andava muito preocupado e apressado. Vinha-nos visitar tantas vezes… e quase passava a noite aqui de tanto falar com a irmã.
- Sim, ele estava. Bastante…
Seguimos o caminho, e subimos mais acima na escada rolante que também tinha uma subida para o segundo andar e ao terraço. No segundo andar havia um corredor que dava uma volta ao andar e que dava acesso às portas dos quartos. Ela me guiou para a terceira porta que se encontrava no ângulo Sul da casa. Quando entramos fui inundada por uma profunda sensação de adrenalina. O quarto estava cheio de posters de motociclos, lâmpadas suspensas nos cantos do quarto a iluminar, e um grande sistema de som.

Prefácio

Faz tempo que não chovia assim. Eu estava à janela a pensar o que seria da minha vida agora. Meu pai a esta hora já estava há quilómetros de distância num voo à Singapura. A sua paixão por plantas sempre o levou a mais longe, mesmo onde a sua família não podia estar. Lembro-me que queria que eu fosse uma bióloga tal como ele, mas eu tinha melhores planos, eu queria seguir o meu futuro de advogada. Tive sempre a paixão por defender os outros… mas defender quem? Eu devia ser a ultima adolescente da cidade, já que ninguém sai nessas ruas a não ser eu. Eu não tive muitos amigos por aqui. Sempre a família por perto.

O meu dedo se deixou por percorrer o vidro da janela, que este estava gelado como gelo. Mas eu já estava habituada ao frio de Clover Road, era como se esse frio me deixasse ansiosa para conhecer pessoas com aura forte e coração quente, que me pudessem aquecer. Porém eu já conhecia a minha tia e as suas filhas gémeas, e alguns amigos lá do liceu.

Minha mãe continuava a pensar alto… com certeza estaria na sala, deitada no sofá a reclamar consigo mesma porque é que deixou o pai partir. Com certeza precisaria de conforto…

- Mãe?

- Thelma… está tudo bem contigo?

- Não te preocupes comigo. Pergunto-me como te sentes…

Ela desviou o olhar para uma moldura, que estava em cima de uma mesinha baixa, com uma fotografia nossa. Eu tinha aproximadamente cinco anos, os meus pais eram bastante jovens naquela altura. Comparando com agora que eu já tinha dezasseis anos, eles estavam adultos separados pela carreira.

- O teu pai gosta muito de ti. – começou – Ele sempre te deixava brincar no parque, mas ficava sempre de vigia. E agora ele simplesmente vai embora e não se importa de te deixar comigo.

- Mãe, já sou crescida o suficiente para cuidar-me…

- Porque é que estás tão certa disso?... – riu-se silenciosamente – No ano passado, na escola os rapazes te acertaram com uma cadeira e…

- Mas isso foi no ano passado!

Reparei que o seu humor já estava melhor. Voltei a olhar para a fotografia, foquei-me nos olhos azuis do pai e lembrei-me da sua irmã, a minha tia, Elyon, que eu costumava chamar só pelo nome porque ela fazia questão. Era uma mulher de trinta e cinco, muito jovem mas tinha duas filhas, e como era muito jovem, não suportava ser parente de classe mais velha.

- Porque não vamos visitar os River? – perguntei à mãe. Achei que seria reconfortante.

Ela ficou aí deitada com os olhos postos em mim e só depois de uns minutos aceitou o convite. Apanhou o seu casaco de lã e fomos descontraidamente para o pequeno carro da minha mãe, que estava na garagem para não se molhar à chuva fria de fim de Outono.

Um começo...

Aqui no meu sweet blog vou apresentar algumas historias que estive a escrever a algum tempo. Gostaria que apresentassem comentarios para ver se continuo ou se a historia devia tomar outro caminho. Espero que gostem.

It's aliiiiive!!! Buahahahahahaaaaaaa

Hello there... Chamo Cynthia, tenho 15 anos e pretendo começar um blogue para conhecer melhor a mim mesma com a ajuda dos meus trabalhos, mostrando-os para o meu amável público (LOL). Espero que gostem do meu blog, e das minhas criaçoes que irei postar por aqui.